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quarta-feira, 22 de maio de 2013

Bilhetes na janela!!!

Anos 60, tempo do romantismo a flor da pele e época de jovens apaixonados.
Lá se inicia a história da romântica Clara, moça formosa, de cabelos encaracolados e bochechas rosadas. Filha do Sr. Nestor, relojoeiro da cidade e homem muito rígido na criação de suas 3 filhas: A primogênita Clara, seguida por Paula e logo após a caçula Luciana.

Certa noite Clara passeava pela praça central da cidade. Pensava na vida e observava a lua por entre as árvores, até que um jovem de aproximou. Ela se empolgou um pouco ao ver que um rapaz se aproximava, mas logo desanimou ao descobrir que era seu melhor amigo Daniel.

Clara: - Que susto Daniel, queres me matar do coração?
Daniel: - Imagina minha amiga, só quis lhe fazer uma surpresa.
Clara: - Surpresa de muito mal gosto pois me assustou.
Daniel: - Não foi minha intenção, lhe juro. Por favor me perdoe.

A conversa seguiu seu curso normalmente até que se aproxima as 9hs da noite, horário em que Clara já deveria estar em casa. Daniel como bom cavalheiro a acompanhou até sua casa e depois seguiu para a sua. A moça se deitou e dormiu tranquilamente, mais uma vez sonhou com um príncipe que povoava sua mente, ele vinha em seu cavalo, com uma espada e salvava Clara de uma terrível fera, um príncipe misterioso que ela nunca conseguia lembrar do rosto.

Abriu sua janela como fazia de costume todas as manhãs e se deparou com um bilhete, qual não foi sua surpresa ao perceber que era de um admirador secreto. quem haveria de ser? Pegou-se a pensar.

Palavras doces e que enterneceram o coração de nossa doce mocinha e assim passou a ser todas as manhãs de Clara que ansiosamente abria sua janela a espera do bilhete do dia. Apenas recebia pois não tinha para quem responder. Até que certa manhã o admirador lhe disse que na manhã seguinte lhe entregaria o bilhete pessoalmente, mas temia que ela não o correspondesse. Ela pensou: - Como eu não haveria eu de não corresponder atitude tão romântica deste cavalheiro?

E na manhã seguinte Clara deu um salto logo cedo da cama, se aprontou e ficou na janela a esperar que seu amante secreto se revela-se e qual não foi sua surpresa ao ver que quem lhe trazia o bilhete era Daniel.

Clara: - Meu caro amigo, como não reconheci sua letra? Estudamos juntos desde bem pequenos.
Daniel: - Pedi um amigo para escrever, mas ele só escrevia, as palavras eram ditas pelo meu coração.
Clara: - Como posso eu namorar aquele que via como um irmão?
Daniel: - Me dê uma chance de tentar ser o príncipe que povoa seus sonhos. Deixe-me dar a ele uma cara.

Antes mesmo que Clara respondesse ele a tomou em seus braços e deu-lhe um beijo apaixonado que logo foi interrompido por seu Nestor que surgiu de supetão para pegar algo que havia esquecido em casa.

Daniel: - Me perdoe Sr. Nestor, mas estou apaixonado por sua filha.

Clara pensou que seu pai colocaria Daniel para correr dali que nem havia feito com tantos outros que se atreveram em tentar namorar suas filhas, mas ele teve uma grande surpresa quando seu pai disse:
- Faço muito gosto que vocês namorem, sei que és um rapaz bom. Afinal te conheço desde que era carregado no colo. E confesso que sempre soube que serias o marido de minha Clara.

Clara: - Como assim papai? Se nem eu mesma havia percebido nada?
Nestor: - Não percebeu porque não quis ele sempre lhe olhou com olhos de paixão. O amor esteve o tempo todo ao seu lado e só você não via.

Logo eles se casaram e até hoje mesmo depois de bem velhinha Clara continua tendo o mesmo sonho de um príncipe que vem resgatá-la de cavalo. Mas agora ela sabe muito bem o rosto dele. O rosto agora envelhecido do homem que continua lhe mandando bilhetes na janela todas as manhãs, seu marido Daniel.



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