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quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

SOMOS PIPAS!!!

CATEGORIA: MOTIVAÇÃO


Havia saído para comprar pão e enquanto retornava para minha casa observei algumas crianças soltando suas pipas, eles estavam empolgados, pois haviam derrubado a pipa de outro menino que segundo eles estava na laje de sua casa num bairro vizinho.

Logo que a pipa caiu no chão um dos meninos a pegou e gritou: 

- Conseguimos! Na semana passada ele tinha pegado de mim e agora eu a recuperei.

- Vai lá! Coloque-a mais alto do que já estava. – Disse outro garoto.

Ele amarrou a pipa num rolo de linha e novamente a colocou no céu. Eu vim para casa pensando que somos como pipas nesse imenso céu da vida, enfrentamos todos os dias o forte calor do sol da desigualdade, as tempestades que nos desestabilizam e também a força do vento da dificuldade que quando muito forte nos lança para longe deixando-nos totalmente sem rumo.

Temos também que lidar com as outras pipas que querem nos derrubar simplesmente para se sentirem superiores a nós, mas devemos sempre nos lembrar de que não importar quantas vezes sejamos derrubados, pois sempre teremos uma nova chance de voar ainda mais alto que na primeira vez.

Afinal fomos feitos para voar, sonhando com dias melhores e com coisas muitas vezes impossíveis, mas muito reais em nossa imaginação.

Gota de Devaneio: “Somos pipas que voam em busca dos seus objetivos, que caem e que novamente voam atrás de oportunidades neste céu da conquista”.
Anderson Carlos de Oliveira

A Culpa é Sempre Sua!

CATEGORIA: RELACIONAMENTO


Existem pessoas que já estão cansadas de escutarem esta frase do seu companheiro, e o pior que mesmo sabendo que nem sempre são culpados, muitos assumem este papel na tentativa de prevenir maiores desentendimentos com a pessoa amada.

É natural em todos nós seres humanos culparmos o outro na tentativa de nos isentar de qualquer responsabilidade. É difícil reconhecer os erros e apenas poucas pessoas conseguem se autoanalisar dessa maneira tão criteriosa e tentar não repeti-los.

Ao aceitar o papel de sempre ser o principal culpado ao invés de evitar confrontos essa pessoa acaba reforçando a ideia errônea que o outro tem de ser o perfeito dentro desta relação. Esse desequilíbrio faz com a relação torne-se cada vez mais difícil, pois um faz o que quer e o outro sempre assume todos os erros que não lhe pertencem.

Um sente-se injustiçado, mas permanece calado enquanto o outro não consegue perceber os próprios erros e acaba tendo uma visão cada vez mais desvalorizada do outro. E o único caminho para o bem estar desta relação é que ambos conversem sobre quais pontos cada um deve melhorar. Utilizar-se de exemplos ocorridos durante o período em que estão juntos pode facilitar para que o outro comece a perceber que também tem errado.

É impossível que um seja totalmente culpado e o outro completamente inocente, uma vez que ambos decidiram envolver-se e permanecer assim. Pontue os motivos que ainda os fazem estar juntos e veja se vale ou não apena investir nessa relação. Mas independente da decisão que tomarem, lembre-se sempre que ambos compõem este relacionamento e ninguém é perfeito.

Gota de Devaneio: “Culpar o outro parece sempre mais fácil, pois no momento que assumirmos os próprios erros teremos que conviver com os mesmos e a maioria de nós não está preparada para isto.”

Anderson Carlos de Oliveira

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

A CHAVE DA VERDADE

CATEGORIA: SUSPENSE

A família Neves havia acabado de se mudar para uma casa que haviam comprado em outra cidade já que o chefe da família o senhor Clóvis havia conseguido um bom emprego lá, por isso todos resolveram o acompanhar, sua esposa Janete, seu filho Eliezer e sua filha Antônia.

Logo que começaram a abrir as caixas da mudança e a organizar as coisas, Antônia que era uma jovem de cabelos negros e cumpridos com aproximadamente 20 anos foi até um velho armário do banheiro que ficava no seu quarto para retirá-lo e colocar o outro que ela havia trazido de sua casa anterior. Mas antes de retirá-lo da parede ela o abriu apenas por curiosidade e encontrou dentro dele uma velha chave que estava presa numa pequena corrente de prata. Ela ficou observando aquela chave durante alguns segundos e pensando qual seria a utilidade daquela chave, logo foi até o closet do seu quarto, mas a chave era grande demais para ser dali.

Continuou encafifada com aquilo e tentou colocar a chave no buraco da fechadura do seu quarto, a chave até entrou, mas não rodou. Sua curiosidade havia se tornado maior que a disposição de organizar as coisas, por isso saiu por toda a casa verificando todas as fechaduras possíveis para ver a qual delas pertencia à chave. Mas aquela chave não pertencia a nenhuma daquelas portas. Sua mãe ao perceber a movimentação estranha da sua filha logo lhe perguntou:

- O que está acontecendo Antônia? Porque você fica de um lado para o outro com esta chave na mão?
- Encontrei esta chave no armário do banheiro do meu quarto e estou tentando descobrir qual porta ela abre.
O pai que estava um pouco distante, mas não o suficiente para deixar de escutar logo disse:
- Deve ser uma chave sem serventia, todas as chaves da casa foram entregues para mim quando comprei a casa. Jogue ela fora.
- Não pai! Eu gostei dela. – Respondeu a jovem enquanto colocava a corrente com a chave pendurada em seu pescoço.

O restante do dia transcorreu normalmente e a noite quando todos estavam sentados à mesa jantando Eliezer disse:

- Pai, a quem pertencia esta casa?
- Filho, sinceramente eu nem sei. Comprei direto com a corretora e nem fiz muitas perguntas, só sei que pertenceu a uma família que tinha uma filha com transtornos mentais. Algum tempo depois a moça foi internada numa clínica psiquiátrica e logo depois os outros familiares também se mudaram daqui.
- Vai ver esta casa trazia más recordações para eles. – Disse Janete enquanto levava o garfo espetado num pedaço de carne até sua boca.
- Mas porque a pergunta filho? – Continuou o pai.
- Por nada! Encontrei no porão uma caixa velha com algumas fotos e fiquei curioso pensando quem seriam aquelas pessoas.
- Eu posso ver essas fotos? – Questionou Antônia.
- Claro maninha, assim que eu terminar o meu jantar pego a caixa para você ver.

Após o jantar antes mesmo que Eliezer cumprisse o prometido, sua irmã Antônia pediu que ele a levasse até o porão para que ela pudesse ver as fotos e ele prontamente atendeu.

A moça começou a observar as fotos e percebeu que aquela era uma família como outra qualquer, um pai, uma mãe e uma filha. Mas algo lhe chamou a atenção na garota de aproximadamente 12 anos nas fotos que pareciam ser mais recentes, ela tinha um olhar muito triste.

- Nossa! Você não tem cara de quem sofre problemas psicológicos tão sérios ao ponto de ser internada. – Disse Antônia enquanto olhava uma foto em que a garota posava sozinha.
- Antônia, venha dormir. Amanhã terminamos de organizar tudo, hoje foi um dia muito cansativo, venha descansar. – Gritou Janete da porta do porão.
- Já estou indo Mãe!

Logo que voltou seus olhos novamente para a foto que segurava Antônia pode perceber que a chave que ela usava pendurada em seu pescoço também estava sendo usada pela menina da foto.
- Vejam só! Já encontrei a dona desta chave, só me resta saber para que ela serve. – Pensou ela.

Logo guardou as fotos, apagou a luz do porão e foi dormir.

Na manhã seguinte continuava olhando para chave e pensando que se ela era tão importante ao ponto daquela garotinha estar usando, porque ela a deixou dentro do armário e não levou com ela quando foi embora. Antônia parecia estar obcecada de alguma maneira em descobrir qual era a função daquela chave.

Lembrou-se que na garagem também haviam algumas coisas velhas que já estavam na casa quando eles chegaram e decidiu ir até lá ver se encontrava alguma coisa, mas a garagem estava com um forte cheiro de mofo e por isso ela abriu o portão automático. Logo que o portão se ergueu por completo ela pode observar numa casa do outro lado da rua, bem em frente a sua uma senhora de aproximadamente 80 anos sentava numa cadeira fazendo tricô.

Aquela senhora deve saber alguma coisa a respeito destas pessoas que moraram aqui, vou até lá perguntar. – Pensou ela.
- Boa tarde senhora, sou sua nova vizinha de frente, me chamo Antônia.
- Oi Antônia tudo bem? É bom conhecê-la, seja bem vinda ao nosso bairro. Eu me chamo Olga. – Disse a simpática senhora.
- A senhora conheceu a família que morava nesta casa?
- Sim, como poderia me esquecer dos Almeida? Sente-se! – Disse ela enquanto estendia seu braço na direção de outra cadeira próximo a sua.
- A senhora sabe por que eles venderam a casa? Onde eles estão agora?
- Esta casa já estava à venda há muito tempo, desde que eles saíram daqui. Isso deve ter aproximadamente uns 3 anos, isso mesmo 3 anos. – Disse a senhora enquanto continuava tricotando.
- Como se chamava a filha deles? É verdade que ela está internada numa clínica psicológica?

A mulher parou de tricotar, colocou a agulha em seu colo, retirou seus óculos e disse:

- Foi uma história muito triste minha filha, aquela garotinha se chama Carolina. Ela sempre foi uma menina muito espertar e inteligente, na verdade ela era filha apenas da Eva, o pai da Carolina foi quem fez esta casa onde você mora agora. Ele era um homem muito bom, mas infelizmente acabou sofrendo um terrível acidente de carro que tirou sua vida, Eva e Carolina sofreram muito, mas o Fernando que era muito amigo do pai da Carolina começou a visitar muito mãe e filha, acho que ele queria cuidar delas já que o amigo havia morrido, mas o coração prega tantas peças na gente que ele e a Eva acabaram se apaixonando. Logo depois se casaram, mas a Carolina nunca o aceitou como marido de sua mãe, ele é um homem tão educado, não sei por que ela não gostava dele. Mas a história triste dessa família não termina por aí não, pouco tempo depois Eva acabou caindo da escada de uma maneira muito estranha e morreu. Foi aí que o Fernando decidiu abrir o jogo e disse que a Carolina havia empurrado sua mãe escada abaixo durante um dos seus surtos, infelizmente ela foi internada numa clínica psicológica e está lá até hoje, isso já tem 3 anos. Acho que agora a Carolina deve ter uns 15 anos. Não gosto nem de lembrar como aquela garotinha de olhos tristes foi capaz de fazer isso contra a própria mãe.

- Nossa Dona Olga! Que história horrível, fiquei até arrepiada. – Disse Antônia enquanto segurava a chave pendurada em seu pescoço.
- A chave, a chave da Carolina. – Disse Dona Olga
- Isso mesmo é a chave dela, encontrei dentro do armário do banheiro do meu quarto.
- Isso tudo é muito estranho, logo que a Carolina foi internada eu a visitei. Sempre gostei muito da família dela e de alguma forma ela nunca me pareceu uma menina transtornada psicologicamente. Ela me disse que precisava da chave e que a chave revelaria toda a verdade. Eu disse que não sabia onde estava esta chave e ela se aproximou do meu ouvido e sussurrou, ela está no armário. Mas a casa permanecia trancada e nunca mais vi o Fernando para saber desta tal chave. Mas me lembro de muito bem que ela usava essa chave o tempo todo pendurada no pescoço.
- Mas para que serve esta chave?
- Minha querida jovem eu não sei, recordo-me apenas que desde a morte do pai a Carolina não desgrudava dessa chave, vai ver essa chave pertencia ao pai dela e ela guardou como recordação. Ah! Eu me lembro de uma coisa também, mas isso não tem nada a ver com nosso assunto. Deixe para lá.
- Não Dona Olga! Por favor, me diga do que se trata.
- Vai ver essa menina é meio perturbada mesmo, a noite a vi algumas vezes cavando próximo daquela árvore ali na entrada da sua garagem. Pobre menina, vai ver que ela enlouqueceu devido a morte do pai, pois antes ela não ficava cavando durante a madrugada e nem carregando uma chave para cima e para baixo. Se bem que tem alguém aí que parece ter criado a mesma obsessão que ela com essa chave. – Disse Dona Olga ao olhar Antônia de cima embaixo.
- Acho que descobrir o que esta chave esconde, mas posso lhe garantir que não sou louca não Dona Olga. Obrigado por ter me contado isso tudo.

Antônia saiu correndo e foi até a árvore para tentar cavar com as próprias mãos para descobrir se Carolina havia enterrado alguma coisa ali, mas a terra estava muito dura. Afinal já tinha mais de 3 anos que a garota tinha mexido ali, ela pegou uma pá, começou a cavar e logo encontrou uma caixa. Pegou a chave no seu pescoço e abriu a caixa, finalmente ela havia descoberto para que servia aquela chave, mas o que poderia haver dentro daquela caixa para revelar a verdade?

- Minha filha? Porque Está cavando aí? – Perguntou o Sr. Clóvis
- Espere um pouco papai, deixe-me ver o que tem aqui dentro.

A jovem abriu a caixa e encontrou dentro dela uma câmera fotográfica embalada num plástico, ela rasgou o plástico e abriu a câmera e retirou o cartão de memória. Correu para dentro de sua casa, colocou o cartão em seu note book e abriu um vídeo.

O vídeo mostrava uma discussão entre Eva e Fernando.

- Fernando onde está o dinheiro que recebi do seguro da morte do pai da Carolina?
- Eu transferi para uma conta mais segura.
- Como assim mais segura? Tirou da nossa conta conjunta e colocou numa conta sua por quê?
- Porque você não sabe administrar o nosso dinheiro.
- Como assim Fernando? Esse dinheiro é da Carolina, combinamos que não mexeríamos nele.
- A Carolina não precisa de dinheiro, eu sim.
- Se você não devolver cada centavo vou procurar a polícia e vou te denunciar.
- Não vai mesmo. – Disse Fernando enquanto empurrava Eva da Escada.

Logo depois ele desceu até ela que ainda estava viva e tapou seu nariz para que morresse asfixiada. Enquanto a sufocava ele disse que havia sabotado o carro do marido dela pra que ele morresse e pudesse se casar com ela e colocar a mão no dinheiro do seguro que ela e a filha receberiam.

Antônia procurou a polícia imediatamente e entregou a gravação, após algum tempo eles prenderam Fernando, recuperaram o dinheiro do seguro e da venda da casa e entregaram para Carolina que apesar de ter outros parentes quis ficar com Antônia e sua família. Afinal de contas sem Antônia a verdade nunca teria vindo à tona.

Gota de Devaneio: “Lutar pela verdade é sinônimo de nobreza, principalmente quando esta verdade não lhe traz benefício nenhum.”

Anderson Carlos de Oliveira

EXISTEM MOTIVOS

CATEGORIA: POEMA



Existem motivos para que toda manhã eu me ponha de pé
Olhe-me no espelho
E encontre motivos para acreditar
Que este será um dia muito melhor

Com novas oportunidades de me tronar uma pessoa melhor
Trocando experiências
E entendendo que vivo no mesmo mundo que os outros
E enfrento as mesmas dificuldades

Existem motivos que me fazem sorrir
Mesmo quando não houver motivos para isso
Entendendo que a vida só pode ser vivida de duas maneiras
A leve e a pesada

Pesada para aqueles que escolhem
Se lamentar por aquilo que não alcançaram
E leve para aqueles que seguem
Sabendo que ainda tem muito a conquistar

Existem motivos para amar
Para compartilhar
Para acreditar
Que mesmo com erros um dia vou acertar

Existem motivos que me fazem simplesmente
Estar aqui
Pois no dia que os perder
Com certeza terá sido o dia que deixei de existir.

Gota de Devaneio: “Sempre existem motivos para tudo, cabe a você decidir se vai
encontrá-los para explicar seus fracassos ou as suas vitórias.”

Anderson Carlos de Oliveira

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

O que são MEMÓRIAS REPRIMIDAS?


CATEGORIA: PSICOLOGIA

Memórias reprimidas são lembranças retidas na parte inconsciente de nossa mente, como exemplo podemos usar um evento tão traumatizante que para amenizar a dor essas recordações foram colocadas numa parte menos acessível, dificultando que a rememoração traga a tona novamente os mesmos sentimentos vividos na época. Esses tipos de memórias podem permanecer ocultas durante toda a vida deste sujeito.

Há poucos dias aconteceu uma situação com uma pessoa próxima a mim que exemplificara melhor como ocorre esse tipo de repressão, esta pessoa me disse que há pouco tempo havia se encontrado com uma tia que ela já não tinha contato há muito tempo. Até aí tudo bem, mas de alguma maneira essa pessoa não conseguia desenvolver um contato normal com esta tia. Era como se algo nela sinalizasse que esta tia em questão não fosse uma boa pessoa, ela não sabia como lidar com isto, mas continuou tentado estabelecer um vínculo saudável com esta tia.

Alguns dias se passaram e quando esta pessoa estava tomando banho, vieram em sua mente flashes de um período de sua infância em que ela precisou morar na casa desta tia, e logo se lembrou de que era muito maltratada por ela. Conseguiu se recordar que certa vez que esta tia havia lhe tomado um presente que havia recebido. Pronto, tudo ficou claro e fez total sentido o sentimento de desconfiança que foi vivido ao reencontrar esta tia.

De alguma maneira esta pessoa simplesmente bloqueou essas recordações que lhe fariam apenas sofrer para seguir sua vida de maneira saudável. Mas em dado momento conseguiu retomá-las dando assim um desfecho para explicar porque não consegue gostar desta tia.

Agora vamos entrar num outro ponto das memórias reprimidas, elas podem ser contestáveis. Em casos onde solucionam o mistério de um crime, por exemplo, não são totalmente levadas em conta, pois podem ser na verdade memórias falsas. Você pode se perguntar como assim?

Vamos continuar usando este exemplo desta pessoa que não gostava de sua tia, ela pode de alguma maneira, através de algum objeto, sensação, cheiro e etc. Ter se lembrando dos maus tratos que recebeu na infância, mas pode também ter procurado uma lógica para esta desconfiança e foi aí que estas memórias vieram tão vivas a sua mente que ela pensou ter vivenciado, mas na verdade serviu apenas explicar algo que lhe causava grande incomodo. Veja bem, este indivíduo não mente ao dizer que esta experiência é real, ele realmente acredita nisto e assim para de procurar explicações para uma angústia que já está justificada.

Todos nós temos vivências e fantasias, eles fazem parte da nossa vida e muitas vezes colocamos para o escanteio aquilo que ficaria em evidência apenas para nos ferir.

Gota de Devaneio: “Que sejam reprimidas memórias, dores e frustrações, mas nunca o indivíduo como um todo.”
Anderson Carlos de Oliveira

TARDE DEMAIS


CATEGORIA: REFLEXÃO

Um importante político estava com sua família tomando um delicioso café da manhã num hotel onde ele passava suas férias. Logo seu celular tocou, era o torpedo de um dos seus assessores e começava com a palavra mensagem urgente. Ele olhou para o celular e disse a sua esposa e filhos:

- Não há mensagem tão urgente que possa estragar minhas férias com vocês meus queridos.

- Abra a mensagem e leia querido. – Disse sua esposa.

- Faltam menos de uma semana para que eu volte ao trabalho. Com certeza deve ser um assunto relacionado ao trabalho e não quero me preocupar com nada agora. Quero apenas aproveitar minhas férias. – Disse ele enquanto começava a tomar um suco.

Mas antes mesmo que eles terminassem de tomar o café da manhã aquele homem começou a passar muito mal e logo depois acabou falecendo ali mesmo.

Em meio a todo aquele alvoroço pegaram seu corpo e mesmo desconfiando que ele estivesse morto o colocaram na ambulância. E dentro daquela ambulância no caminho para o hospital a mulher dele que segurava seu celular, abriu aquela mensagem que dizia o seguinte:

MENSAGEM URGENTE! Senhor tome muito cuidado e não coma nada neste hotel. Recebemos uma mensagem anônima em seu gabinete dizendo que um inimigo político descobriu onde você estava passando suas férias e pretende ENVENENÁ-LO.

Se ele soubesse a importância que aquela mensagem teria para sua vida ele não teria deixado de lê-la.

Costumamos deixar sempre para depois, depois eu faço, depois eu tento, depois eu melhoro. Mas e se não houver um depois?

Gota de Devaneio: “Cada dia de vida muito mais que um presente é uma chance de fazermos aquilo que falta ser feito.”
Anderson Carlos de Oliveira

sábado, 25 de janeiro de 2014

A RECEPCIONISTA

CATEGORIA: ROMANCE


Rômulo estava em busca de emprego, enviava inúmeros currículos pela internet e andava incansavelmente para todos os lados entregando seus currículos, mas nada de conseguir seu emprego. Certo dia recebeu uma ligação de uma empresa que estava interessada no seu perfil profissional para ocupar uma vaga que eles tinham disponível.
Até aí tudo bem, não era nenhuma novidade isso. Ele já tinha sido chamado para muitas entrevistas, mas nunca era aprovado em nenhuma, ele não conseguia entender o que havia de errado com. Mas mesmo sabendo que tinha muitas chances de não ser escolhido ele se arrumou com o seu melhor traje, cortou os seus cabelos e foi até o endereço que tinham lhe dado no dia marcado.
Chegando lá entrou no elevador do prédio junto com outros rapazes que estavam indo para concorrer à mesma vaga de emprego que ele. Isto já lhe causou certo desconforto, sentia que os outros pareciam mais preparados que ele, mas como já estava lá ele não se intimidou e encarou a entrevista.
Assim que desceram no andar da empresa já foram orientados a ficarem numa fila, para retirarem uma ficha que devia ser preenchida e entregue no momento da entrevista. A fila estava grande, mas havia várias pessoas atendendo e não demorou muito para que chegasse a sua vez. Uma moça simpática de sorriso largo, com cabelos pretos e cacheados lhe desejou uma boa tarde de maneira muito calorosa e ele só conseguiu retribuir com um cumprimento de boa tarde tão baixo e sem vida que nem mesmo conseguiu perceber se ela havia escutado ou não.
- Então, você está concorrendo a que vaga?                                   
- Vim pela vaga de Office boy.
- OK, como você se chama?
- Me chamo Rômulo.
- Ok Rômulo, por favor, preencha esta ficha com todos os seus documentos e os entregue assim que entrar na sala de entrevista.
Ele conseguiu apenas balançar sua cabeça dando a entender que havia compreendido as orientações que lhe foram dadas, mas na verdade ele parecia ter ficado hipnotizado diante daquela moça. Logo concluiu que nunca havia visto uma jovem tão linda durante toda a sua vida, não conseguia nem mesmo se concentrar para preencher a ficha, estrategicamente havia se sentado numa cadeira de onde era possível observar a recepcionista.
Logo foi chamado para a entrevista e mais uma vez não foi aprovado, mas parecia nem ter se abalado com isto e logo que saiu se aproximou da moça e disse:
- Infelizmente eu não consegui a vaga de Office boy, por acaso você não sabe de outra vaga que se encaixe no meu perfil?
- Por hora não temos nada, mas continue acompanhando o surgimento de vagas através do nosso site, quem sabe?
- Ok, muito obrigado. Você é muito gentil. – Disse ele enquanto olhava nos olhos dela.
Ele virou as costas em direção a saída, mas logo parou e olhou novamente para ela. Assim que ela percebeu que ele estava lhe olhando, ele deu um sorriso e ela correspondeu, logo em seguida ele foi embora.
No dia seguinte tudo parecia normal naquela agência de emprego, até que uma das colegas de trabalho daquela recepcionista lhe disse:
- Tainá, tem alguém querendo falar com você no telefone.
Aquele era o nome da jovem que havia deixado Rômulo tão fascinado, imediatamente ela se dirigiu ao telefone.
- Alô!
- É a Tainá quem está falando?
- Sim, sou eu mesma. Quem fala?
- Oi Tainá, eu me chamo Rômulo, não sei se você se lembra mas estive ontem aí na agência de vocês para concorrer a vaga de Office boy mas não fui aprovado. Queria saber se você sabe de alguma outra vaga no meu perfil.
- Então Rômulo, como eu já havia lhe dito ontem, não temos nada. Mas você pode verificar sempre em nosso site. Espere um pouco, como você sabe meu nome? Ontem eu não havia lhe dito que me chamava Tainá.
- Eu perguntei para uma de suas colegas de trabalho, na verdade eu não liguei apenas pela vaga de emprego não. Eu fiquei muito interessado em você e gostaria de saber se você tem namorado.
- Rômulo, eu estou no meu local de trabalho. Como já lhe disse anteriormente você pode acompanhar as vagas em nosso site e se cadastrar por lá mesmo. Peço que se coloque no meu lugar, estou trabalhando e não posso ficar atendendo telefonemas de conquistadores baratos.
- Ok, me desculpe por tê-la incomodado. Responda-me apenas se você tem ou não namorado, fiquei fascinado por você assim que lhe vi.
- Preciso trabalhar, Tchau.
Ela desligou o telefone e aquilo fez com que ele ficasse ainda mais interessado nela. Ele não desistiria facilmente de conhecê-la melhor.
Ao final do dia Tainá estava saindo do prédio junto com suas amigas, quando foi surpreendida por Rômulo bem ao lado de uma árvore.
- O que você está fazendo aqui? Estou começando a ficar assustada com você.
- Fique tranquila, não quero lhe assustar, vim até aqui apenas para vê-la mesmo que seja de longe.
- Ok, Boa tarde pra você.
Enquanto se distanciava com suas amigas, ela olhou para traz com um olhar desconfiado e percebeu que ele continuava em pé no mesmo lugar a observando. Andou mais um pouco e logo olhou para trás para ver se ele não a estava seguindo, mas ela não o viu.
No outro dia ao sair do trabalho ela novamente o viu lá, mas desta vez ele se aproximou e a convidou para tomar um suco com ele, mas ela recusou dizendo que não costumava sair com desconhecidos. Mas uma amiga que a estava esperando para ir embora, se intrometeu dizendo:
- Tainá você só vive para trabalhar, vá dar uma volta com o rapaz. Aceite o convite dele.
Ela pensou um pouco no conselho que escutara de sua amiga e aceitou o convite. Mas foi com ele até um shopping próximo dali, pois ela era muito desconfiada e morria de medo que ele fosse um maníaco ou algo do tipo.
Conversaram durante pouco mais de uma hora, e ela havia se surpreendido com o jeito dele. Logo ela pode perceber que ele era uma pessoa do bem.
- Já está muito tarde e eu preciso ir embora.
- Que pena, deixe-me acompanha-la até sua casa.
- Não é necessário, posso ir sozinha. (Na verdade ela não queria que ele descobrisse onde ela morava para não ficar com ele no seu pé)
- Tudo bem, você vai para a estação do metrô ou para o ponto de ônibus?
- Vou para a Estação.
- Então vou acompanha-la até la.
Eles foram conversando pela rua até que chegaram na entrada da estação, ela foi se despedindo dele, mas ele disse que a levaria até a plataforma do metrô que ela iria pegar.
Entraram na estação e ficaram conversando um pouco mais enquanto esperavam, mas assim que percebeu que o metrô já estava chegando ele aproximou seus lábios dos dela e lhe deu um beijo. Tainá relutou um pouco no começo, mas logo se rendeu e acabou correspondendo. Logo em seguida entrou no metrô, mas ficou o observando pela janela antes de partir e ele parecia um bobo de tanta felicidade.
Rômulo voltou para casa, como se estivesse caminhando nas nuvens, havia sentido uma sensação totalmente desconhecida ao beijá-la. No outro dia ele novamente estava lá no horário da saída dela. Não demorou muito e eles começaram a namorar, algum tempo depois ele conseguiu um emprego, mas não foi através da agência que ela trabalhava.
Depois de dois anos de namoro, eles se casaram e tiveram 2 filhos. Agora já haviam se passado alguns anos e eles já eram senhores e seus filhos adolescentes, ambos já trabalhavam em empregos totalmente diferentes dos anteriores, mas no fim de todas as tardes, Rômulo saia do seu emprego e ia até a porta do da sua esposa esperar por Tainá. E iam pela rua caminhando juntos e conversando como se o tempo não tivesse passado para eles.


Gota de Devaneio: “Os verdadeiros apaixonados conseguem conservar um amor tão intenso como aquele do começo.”
ANDERSON CARLOS DE OLIVEIRA

Um Deus que não tem princípio e nem fim!

CATEGORIA: REFLEXÃO BÍBLICA

“De eternidade a eternidade tu és Deus”. Salmos 90:2


Certa manhã durante a escolinha na igreja uma professora falava sobre todas as criações de Deus, explicava para as crianças que absolutamente tudo o que vemos foi criado por Deus, cada detalhe de uma flor, todos os animais e também o homem e a mulher.
De repente dentre todas aquelas crianças uma pequena mãozinha curiosa se levantou.

- Professora, de onde veio Deus?
A professora pensou um pouco e disse:
- Deus não veio de lugar nenhum, ele sempre esteve em todos os lugares. Ele é criador e todas as outras coisas foram criadas por ele.

É impressionante como acreditamos em tantas coisas e inúmeras vezes colocamos Deus no mesmo patamar de todas as outras coisas, sendo que ele deveria ser prioridade na vida de todos.
Bem antes da existência do sol, das nuvens, da natureza e muito antes que a minha ou a sua existência já havia alguém que era Deus e foi responsável pela criação de tudo que nossos olhos são capazes de ver.
O surgimento de Deus é difícil de ser explicado simplesmente porque ele sempre existiu, você pode se perguntar como assim? Tudo não tem um começo, meio e fim?
Deus é Deus desde a eternidade e continuará o sendo para todo sempre, ele continuará sendo Deus independente de nossa existência, mas nós não seriamos nada sem ele.
Que possamos voltar nossa gratidão para aquele que não depende de nós absolutamente para nada, mas mesmo assim aposta todos os dias que essa humanidade pecaminosa conseguirá conquistar novamente o direito à uma vida eterna novamente.

Gota de Devaneio: “Admitir a existência de um Deus é o maior gesto de saberia que podemos ter, pois os detalhes de tudo que nos rodeiam só podem ter sido criados pela mão de um grande artista.”

Anderson Carlos de Oliveira

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

MUDANÇAS fazem parte da Vida!

CATEGORIA: REFLEXÃO

Fabrício estava sentado na calçada de sua casa, enquanto todos carregavam as caixas para cima do caminhão, quando seu pai se aproximou e lhe disse:

- Meu filho, você não vai nos ajudar? Poderia pelo menos pegar as coisas mais leves, assim terminaríamos mais rápido.
- Você sabe que eu não quero me mudar, gosto muito daqui. – Disse o menino de maneira emburrada.
O pai sentou-se ao seu lado e lhe disse:
- Fabrício, mudanças fazem parte da nossa vida. Elas trazem consigo esperanças de dias melhores.
- Como assim papai?
- Lá eu terei uma oportunidade de conseguir um novo emprego e quem sabe não conseguimos melhorar de vida?
- Mas o senhor nem mesmo tem um emprego certo, e se o senhor também não conseguir nenhum emprego nesta nova cidade?
- É muito simples, nós mudamos de novo. – Respondeu aquele pai de maneira convicta.

Mudanças realmente fazem parte da nossa vida, nunca devemos nos sentir suficientemente capazes para agirmos de maneira irredutível. Podemos tentar várias vezes a mesma coisa, mas se continuarmos fazendo da mesma maneira diminuiremos nossas chances de obter um resultado diferente.

Não tenha medo de mudar, pois a mudança nada mais é do que uma nova chance de fazer a mesma coisa, mas de uma maneira bem melhor que a anterior.

Gota de Devaneio: “Mudanças são feitas apenas por aqueles que tiveram a humildade de reconhecer que erraram da primeira vez.
Anderson Carlos de Oliveira


PORQUE É TÃO DIFÍCIL CONFIAR???


CATEGORIA: RELACIONAMENTO

Em conversa com uma amiga de trabalho há alguns dias entramos neste assunto, sinceramente nem me recordo como. Começamos a falar da importância da confiança, de que geralmente ela é adquirida com o tempo, mas que também é adquirida através de pequenas atitudes daquele que deseja conquistá-la. Foi aí que ela me perguntou porque é tão difícil confiar nas pessoas ultimamente.

Se pararmos para analisar nenhum rico se casa mais tão facilmente com um pobre em comunhão total de bens. Outro ponto importante é que existem inúmeras câmeras escondidas em lares onde os patrões precisam ver realmente se seus empregados não estão maltratando aqueles que deveriam estar sendo cuidados. Sem falar nos relacionamentos onde muitos tentam testar seu companheiro de alguma maneira para saber se ele é ou não digno da confiança.

Enfim, penso que nos dias atuais é tão difícil confiar, porque as pessoas têm se mostrado cada vez menos confiáveis. Por exemplo, se vemos que um determinado amigo não foi digno da confiança de um terceiro, logo imaginamos que o mesmo também não será digno de nossa confiança. Podemos entender que a confiança esta abalada devido a tantas possibilidades que o mundo moderno nos oferece.

Quantas vezes não vemos notícias bombásticas da vida dos famosos na mídia e muitas delas dizem que alguém próximo ou uma fonte segura afirmou tal coisa. Parece que a grande maioria está tomada pela síndrome de São Tomé e simplesmente não conseguem mais confiar nem na própria sombra. Vale ressaltar que a desconfiança exacerbada, mesmo após as comprovações dadas de que aquele sujeito é confiável, não se enquadra neste contexto.

As muitas decepções passadas são determinantes para que o indivíduo não consiga abaixar a guarda e simplesmente acreditar que o outro é digno de sua confiança.
O segredo é dar um voto de confiança para saber se o outro é ou não merecedor, caso constate que ele realmente não é confiável a única saída é tentar de novo com outra pessoa.

Gota de Devaneio: Ser digno de confiança é sinônimo de ser importante na vida daquele 
que lhe confidenciou.

Anderson Carlos de Oliveira

POEMA: Um pouco de ATENÇÃO!

CATEGORIA: POEMA

Não lhe peço muito,
Desejo receber apenas aquilo que sei que você é capaz de me dar
Algo nada complicado,
Muito simples para quem oferece, mas muito importante para quem recebe.

Quero poder dividir com você
Meus desejos,
Meus Segredos
E principalmente meus momentos.

Momentos esses capazes de nutrir por completo a minha alma,
De acabar com meus anseios,
De me confortar,
Mas acima de tudo de me Alegrar

Não desejo viver um amor desleal,
Quero apenas receber o que também lhe dou,
Algo muito além que ouro e prata,
Aquilo que realmente importar.

Necessito de mais cumplicidade,
De mais momentos a sós.
Aqueles que são apenas nossos,
Esquecendo por completo do mundo ao redor.

Estou lhe pedindo que me dê
Aquilo que todo ser humano apaixonado
Merece receber,
Apenas Um pouco de Atenção.


Gota de Devaneio: Uma verdadeira relação é aquela em que a atenção é aliada de ambos, caso contrário eles estarão brincando de quem fere mais.

Anderson Carlos de Oliveira