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quarta-feira, 30 de maio de 2012

Quem matou o Prefeito Silveirinha???

Mais um dia se iniciava na cidade nordestina de Jucambáu, Dona Lili secretária do prefeito Silveirinha organizava seus documentos quando o Prefeito entrou ventando em sua sala e gritou um apressado Bom Dia.  Naquele ela ficou se perguntando o motivo de tamanha “afobação”, por causa do discurso na festa da cidade é que não era, afinal como político competente ele adorava discursos.
Permaneceu na sua sala durante todo o dia, ao fim da tarde, exatamente ás 18:40 chamou sua secretária no seu gabinete e lhe disse: - Dona Lili a senhora nem imagina o que eu descobri? Não tenho tempo de lhe contar agora, por favor, vá para a festa daqui a pouco eu chego.

Dona Lili: - Senhor Prefeito, mas o seu discurso está marcado para ás 19:00hs e dará início as festividades, todos já devem estar lhe aguardando.

Prefeito: - Estou tentando ligar para o secretário de Administração, mas não consigo localizá-lo... Vá Dona Lili! Não fique parada me observando, daqui a pouco lhe garanto que farei um discurso onde mostrarei o quanto sou honesto com meu povo.

Assim a secretária tomou seu caminho e foi para a festa. Estava tudo organizado e o Secretário de Turismo estava filmando todo o evento desde cedo. Ás horas se passaram rapidamente e quando perceberam já havia dado19: 50 e nada do prefeito, preocupada a primeira dama que também o aguardava no local chamou o motorista e foi a prefeitura ver o que tinha acontecido com seu marido.

Chegando lá ela se deparou com o corpo de seu marido caído sobre a mesa, com uma faca cravada nas costas, na direção do coração. Imediatamente chamaram a ambulância e o delegado da cidade. Os médicos comunicaram que infelizmente o prefeito Silverinha havia morrido, mas o delegado Alves se comprometeu com a viúva e garantiu que o assassino do prefeito não ficaria impune.

Muito inteligente o delegado Alves começou sua lista de suspeitos.

Gorete: Mulher do padeiro que era amante do prefeito e toda cidade sabia, menos a primeira dama é claro;
Dona Lili: Que foi a última pessoa a vê-lo com vida;
Sr. Toledo: Secretário de administração, baseando-se no fato do prefeito ter contado para sua secretária que faria uma revelação bombástica e que precisava falar com ele.
A primeira Dama: Que apesar de estar sofrendo muito poderia ter descoberto a traição do marido e perdido sua cabeça;
Sr. Totó: O padeiro traído;
E também o Sr. Zito: Vice prefeito que poderia estar almejando a cadeira do defunto.

Logo depois se lembrou que o secretário de turismo estava filmando todo o evento e essa prova seria muito útil para desvendar qual dos suspeitos não estavam no local da festa, tendo em vista que toda a cidade havia comparecido e o assassino não seria capaz de estar em dois lugares ao mesmo tempo. Imediatamente procurou o Sr. Almir, secretário de turismo e qual não foi sua surpresa ao observar que durante toda a filmagem no período anterior a despedida de dona Lili até ás 20:20hs da noite quando chegou a notícia da morte do prefeito. Estavam todos nas redondezas do palanque.
E agora? Pensou o delegado Alves, como pegar este bandido? Procurou o secretário de administração para saber se havia algum indício de algum secretário que poderia estar interessado na morte do prefeito, mas as contas aparentemente estavam em dia.

Alguns dias se passaram e o delegado não estava engolindo a idéia de ter sido driblado pelo assassino. Sua esposa insistiu que ele a acompanhasse numa festa de casamento em uma cidade vizinha e para se distrair um pouco ele aceitou. Chegando lá encontrou alguns conhecidos, bateu papo e se esqueceu um pouco desta obsessão de encontrar o assassino do prefeito Silveirinha.

Durante um momento foi até a mesa pegar uma bebida e cruzou com a equipe de filmagem, iniciando assim uma conversa casual acabou escutando uma frase que lhe deu um clique. “ O cinegrafista é sempre o único que nunca aparece em nenhuma filmagem, apesar de estar sempre presente.”

O delegado saiu as presas e nem avisou sua mulher, correu até a casa do secretário de Administração e imediatamente foram até a prefeitura e verificando profundamente os balanços da secretária de Turismo perceberam que verbas estavam sendo desviadas e isso foi mais uma prova contra o Sr. Almir, secretário de Turismo, que acabou confessando que foi até a prefeitura matar o prefeito enquanto seu primo que se parecia muito com ele continuou filmando até que ele voltasse.

Ficou comprovado que o primo não era cúmplice do crime e após prenderem o Assassino o Sr. Alves orgulhosamente arrumando seu cinto disse:

- Nenhum assassino fica livre nesta cidade.

VOCÊ TAMBÉM VAI GOSTAR DE: O GATO DE DONA ELVIRA
http://anderkarloss.blogspot.com.br/2012/04/o-gato-de-dona-elvira.html

Um comentário:

  1. Muito interessante esse texto, vc conseguiu fazer um suspense de forma descontraída, não sei se por ser em uma cidade nordestina imaginei personagens bem descontraídos, mas o final foi surpreendente e coerente, também acho interessante conseguir criar histórias de suspenses sem serem longas e isso não é fácil...

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