Pesquisar este blog

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Perseguição: Real ou Fruto da Imaginação?

CATEGORIA: SUSPENSE
 
 
 
Eram exatamente 01:47 hs da madrugada, Ingrid tinha certeza disso pois acabará de olhar no seu celular, guardou-o na sua bolsa e deu sinal para descer no próximo ponto. Aquele era o último ônibus e ela estava exausta pelo longo dia de trabalho, já faziam 7 meses que ela estava nesse emprego mas ainda não estava acostumada a andar tão tarde pelas ruas.
 
O motorista parou o ônibus e ela desceu desejando uma boa noite ao motorista que retribuiu. Era uma
noite fria e como sempre a rua estava deserta, Ingrid caminhava exatamente 6 minutos até sua casa, já havia contado rigorosamente essa distância.
 
Cruzou seus braços bem apertados contra o peito, inclinando seus ombros afim de burlar o frio que sentira, começou sua caminhada, naquele horário realmente era um silencio absurdo, ela só era capaz de conseguir escutar o barulho do salto de sua bota batendo no chão. Algumas noites escutava-se o latido de alguns cães mas naquela noite fria eles estavam calados, deviam estar se escondendo do frio também.
 
Logo adiante Ingrid teve a sensação de estar sendo seguida, apressou seus passos na tentativa de despistar aquele que estava a suas costas, virou numa calçada em frente a um mercadinho do seu bairro e aproveitando a claridade das luzes, parou e olhou para trás, mas não conseguiu ver ninguém. Em seu rosto surgiu um leve sorriso que misturava nervosismo com alívio.
 
- Acho que isso é coisa da minha cabeça. - Pensou ela enquanto continuava sua caminhada.
 
Na tentativa de confirmar ela novamente olhou para trás e não viu ninguém, ficou menos nervosa e de repente sentiu uma mão tocando seu ombro, ela deu um grito e empurrou o homem. Assustado ele disse:
 
- Moça por favor me dê uma moeda estou faminto.
 
Totalmente trêmula ela tirou do bolso uma nota sem nem perceber de quanto era deu ao homem que agradeceu e voltou para a calçada onde estava enrolado num cobertor velho e alguns pedaços de papelão. Era difícil definir quem estava mais assustado Ingrid ou o mendigo.
 
´Pegou sua bolsa que havia caído na hora do susto, colocou no seu ombro direito e apertou seus passos ainda mais. Logo depois da curva novamente ela teve aquela terrível sensação de estar sendo vigiada. Mas dessa vez ela nem teve coragem de olhar para trás, simplesmente começou a correr em disparada.
 
Mais adiante ao virar na rua de sua casa deparou com um homem com um sobretudo preto e chapéu. Ela olhou para o chão com medo de encara-lo e passou por ele calmamente dando-lhe boa noite. Este não respondeu nada e apenas segurou no braço de Ingrid e antes mesmo que ele colocasse sua outra mão sobre ela, tirou seu braço da mão dele e começou a correr novamente.
 
Saiu em disparada e ficava mais desesperada ao olhar para trás e perceber que ela também estava correndo e se aproximava mais e mais dela. Finalmente avistou sua casa e tentou correr ainda mais rápido, o medo era tão grande que ela começou a gritar desesperadamente mas ninguém apareceu para socorre-la.
 
Finalmente chegou na porta de sua casa, abriu a bolsa rapidamente enquanto o homem se aproximava, enquanto apoiava sua bolsa sobre o joelho e tentava encontrar a chave com uma mão, ela batia na porta com a outra e gritava sua mãe, pedindo socorro. Quando ela encontrou a chave e ia coloca-la na fechadura da porta suas mãos estavam tão trêmulas que chave escorreu por entre seus dedos. Ela abaixou rapidamente para pegá-la mas percebendo que o homem já estava a uns 4 ou 5 metros dela, ela fechou seus olhos e sentiu quando a porta se abriu, seu corpo pesou sobre ela e caiu na sua sala.
 
- Mãe me ajude, estão me perseguindo. - Gritou em desespero.
 
Sua mãe foi até a porta olhar, enquanto sua filha gritava para ela tomar cuidado, mas não viu ninguém.
 
- ^Não há ninguém lá fora filha.
 
Ingrid tomou um banho, sentou-se no sofá enrolada num coberto e contou para sua mãe tudo que havia acontecido. Sua mãe lhe perguntou se ela não estaria imaginando coisas, mas ela disse que tinha certeza que tudo aquilo havia sido real. Logo depois sua mãe foi dormir e ela ficou sentada com uma caneca de chá nas mãos e se perguntava se aquilo realmente havia acontecido ou não passava de um fruto de sua imaginação.
 
Gota de Devaneio: Nossa mente é capaz de elaborar situações tão perfeitas que em alguns momentos nós mesmos ficamos em dúvida se aquilo realmente aconteceu ou não!
 
Anderson Carlos de Oliveira
 
 
VOCÊ TAMBÉM VAI GOSTAR DE CONSPIRAÇÃO ALCÂNTARA!
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário