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terça-feira, 11 de novembro de 2014

Dedinho podre ou Auto-Sabotagem?


CATEGORIA: PSICOLOGIA

Uma Mulher se queixa que sofreu muito num relacionamento com um homem que não gostava de trabalhar e era dependente químico, relata o sofrimento que vem passando e depois de se separarem promete para si mesma que da próxima vez terá um companheiro totalmente diferente. Um homem que seja trabalhador, gentil e que tenha repúdio por drogas ou bebidas alcoólicas.

Algum tempo depois ela novamente se vê envolvida com um novo companheiro que também é usuário de drogas e que não gosta de trabalhar. Por mais que se queixe de nada adianta, ele fala que é assim e não mudará. Ao ser questionada de porque se envolveu com alguém tão parecido com a pessoa que havia lhe feito tanto mal a mesma diz que ele não era assim, mas que na verdade se tornou dependente químico e preguiçoso ao longo do tempo em que estavam juntos.

Ela olha para o terapeuta e pergunta: Não sei porque tenho esse dedinho podre para homem usuários de drogas?

O terapeuta retoma com ela o inicio de ambas as relações vivenciadas por ela com os dois homens e juntos eles conseguem fazer um paralelo de os dois rapazes tiveram comportamentos muito parecidos. E vão além, a dona do dedinho podre percebe que já haviam indícios de que seu segundo marido era usuário de drogas. Como eu não percebi isso antes?

E o terapeuta responde: Claro que você percebeu e foi justamente isso que te atraiu nele?

Com esse simples relato fictício, mas parecidíssimo com inúmeros casos da vida real podemos perceber o quanto nos punimos e sabotamos ao longo da vida. Nem nos damos conta que estamos repetindo os mesmo comportamentos que nos fizeram sofrer tanto.

Ao ler o livro: O ciclo da Auto-Sabotagem percebe-se o quanto de comportamentos aparentemente inocentes são repetidos por aqueles que sentem prazer em se ferir e se punir ao longo da vida.


Mas porque fazemos isso? São inúmeros os motivos que conduzem uma pessoa a entrar nesse processo, uma vez neste ciclo o indivíduo torna-se incapaz de perceber o quanto tem se ferido e que ele mesmo tem podado seus sonhos e projetos. 

Também existem casos em que repetimos com os outros comportamentos que já fizeram conosco e nos causaram muita dor no passado. Por exemplo: Um pai violento que também apanhava do seu pai quando era pequeno. Ele melhor do que ninguém entende a dor que o filho tem sentido ao ser espancado por ele. Mas essa foi a dinâmica da relação dele com seu pai e de alguma maneira ele elaborou que o filho também precisa vivenciar esses terríveis sentimentos de estar vulnerável diante de um pai autoritário.

Pessoal, definir a auto-sabotagem é algo complexo demais, mas podemos resumir que é a repetição de comportamentos auto-destrutivos. Se você se enquadra nessa situação pare de justificar suas escolhas dizendo que tem "o dedinho podre" e comece a rever seus conceitos de vida, relacionamento e bem-estar físico e psicológico.

E se precisar, nós psicólogos estamos aí para lhe auxiliar!

Abços...

Gota de Devaneio: O inimigo mais implacável que podemos ter é o nosso próprio eu. Eu este que nos fere muito mais do que qualquer outra pessoa, pois nos dilacera de dentro para fora.
Anderson Carlos de Oliveira

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